terça-feira, 29 de setembro de 2009

Meia-noite


Frente ao computador
Essa luz que ofusca minha visão
Que me faz lacrimejar,
Enquanto perco o foco.

Após um exaustivo dia,
Chego em casa
Como
E ligo o computador.

Todos os dias, de segunda à sábado
Chego em casa,
Como
E ligo o computador

No primeiro momento penso: finalmente poderei fazer o dever de casa!

No segundo momento penso: nossa, é maior que eu imaginava!

No terceiro momento penso: o que eu estava fazendo mesmo?

No quarto momento penso: *¨&4##$2! Quando irei acabar?

No quinto momento já não penso mais,
Meus olhos ardem relutantes em permanecer abertos
Meu corpo já cansado, não suporta mais estar naquela incômoda posição
Minha mente já não mais funciona com a mesma rapidez e clareza .

22h
Coloco alguma música que com certeza vai distrair-me, mas pelo menos manter-me-á acordada e atenta

23h
A canção passa a ser uma doce sutil melodia de ninar, enquanto minha cabeça pende para o lado esquerdo.

23:30h
Minha cabeça queima, meus olhos estão mais pesados que nunca, não obstante minha cabeça inclinada não pesa mais, acho que acostumei com o peso, por isso a carga tornou-se suportável, ou não.

23:50h
Decido terminar minha tarefa outro dia, já com a maior parte, se não tudo, pronto.

24h
Atinjo o Nirvana.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Meio

Parece que estou em um momento crucial de minha vida. Perto de ser adulta e ao mesmo tempo recém saída da infância. O que faço agora decidirá o que serei daqui a alguns anos. Se cometer algum erro ou deixar de fazer algo importante, terei toda uma vida para me arrepender. O arrependimento é um dos piores sentimentos que existem. E não poderei dizer “ ah...se eu soubesse”, pois sei o que deve fazer para alcançar meus objetivos. A estrada está diante de meus pés, basta seguir em frente. Um passo de cada vez. Sem por a carroça na frente dos bois. Estou perto de tudo, perto de entrar na faculdade que quero e perto de ter que começar tudo outra vez. Temo que isso ocorra, temo não corresponder às expectativas, temo me desesperar no meio de caminho e não conseguir atingir minha meta.

Quero estudar psicologia, filosofia, história, sociologia,... Chega de física! Chega de química! Matemática nem se fala. (Físico-química é a morte a beira do abismo) Não sou preguiçosa, apenas quero estudar o que gosto, o que me interessa. Mas para conseguir isso, primeiro tenho que passa no vestibular e para tal, é necessário dedicar-me a essa matérias incríveis que me causam tantos problemas. Empenhar-me-ei para depois orgulhar-me e ter a convicção de que tudo que fiz valeu a pena e finalmente ter uma vida tranqüila fazendo o que quero, o que gosto, o que escolhi e principalmente não arrepender-me para não dizer “e se eu soubesse”.

domingo, 27 de setembro de 2009

Presa em meu corpo



Vivo em um mundo onde a morte de uma pessoa significa nada, o que as pessoas fazem significa nada, o sofrimento alheio significa nada. Sempre pensamos antes de fazer qualquer coisa. Ninguém é livre, nada é livre. Nossos desejos não são livres, nossas ações não o são. Estamos todos presos à sociedade, às nossas famílias, alguns até mesmo presos em seus próprios corpos.

Para isso me convém o eu-imaginário, para fazer as sandices que jamais faria enquanto eu-verdadeiro. Normalmente ele se manifesta em meus sonhos. Quando percebo que estou sonhando torno-me outra pessoa. Afinal, estou em um mundo aparte e o que faço nesse meu mundo particular ninguém precisa saber, logo, não preciso me preocupar com as conseqüências, por conseguinte, sou livre.

Mas a felicidade de pobre dura pouco, assim como a felicidade de meu eu-imaginário na utopia dos sonhos também. É como se ao perceber que estou sonhando sou arrancada de meu mundo extraordinariamente singular e minuciosamente preparado por meu inconsciente para o meu eu-imaginário para ser levada de volta ao calor de minha cama, esta que está fixada no universo compartilhado pelas outras pessoas-verdadeiras que se lembrarão de minhas insanidades. Espaço este imperado por tudo que é proibido em minha ilusão.

Mesmo estando presa em meu corpo, assevero estar livre pelo eu imaginário.